Título: Os bons segredos
É impossível provar que não se é uma
bruxa
Título
original: The Good House
Autor: Ann Leary
Companhia Editora Nacional
Páginas: 384
Sinopse: Hildy Good é uma caipira chique que sempre viveu numa histórica comunidade da região da costa norte de Boston. Ela sabe quase tudo sobre todo mundo. Hildy é descendente de uma das bruxas de Salém, e acredita-se que ela possa ter herdado alguns dons paranormais. Não é verdade, claro; ela apenas é boa em decifrar as pessoas. Hildy é boa em várias coisas, aliás. É uma bem-sucedida corretora de imóveis, mãe e avó. Seus dias são atarefados, mas suas noites têm sido solitárias desde que suas filhas, convencidas de que a mãe estava bebendo além da conta, a mandaram para uma clínica. Agora ela está em recuperação — ou não. Os Bons Segredos é ao mesmo tempo cômico, triste e mordaz. Um clássico tipo de história que revela os segredos de uma cidade pequena, esse espirituoso romance vai ficar na memória do leitor até muito tempo depois de terminada sua leitura.
Resenha:
“Os bons segredos”, de Ann Leary, destaca
momentos importantes – e as vezes nem tão significativos assim – de uma
personagem. É uma leitura tranquila, perceptível assim como também é um tanto previsível.
Os traços de personalidade são bem marcantes, por isso é fácil identificar
casos conhecidos em nosso próprio cotidiano.
Hildy
Good é a protagonista
deste enredo, e é através de sua visão – por sinal, muito bem expressada – que
o leitor conhece alguns segredos das pessoas que convivem ao seu redor. É
aquela típica localidade onde todo mundo pode conhecer a vida alheia. E é
exatamente isso que ocorre, por mais que os acontecimentos possam ser banais ou
não.
O foco principal ainda é sobre as experiências
e demais comportamentos de Hildy, seja
por conta de casos simples até o problema com a bebida. É como se ela estivesse
procurando infrações para descontrair ou para que os outros não notem suas
próprias atitudes. Por fim, acaba entrando num estado de depressão, o que torna
qualquer tipo de apoio ainda mais difícil.
Além das abordagens sobre o alcoolismo
e suas implicâncias, Ann Leary
concilia episódios carregados e tristes com certo humor. Hildy não quer
demonstrar sua fragilidade, ainda mais por ser corretora de imóveis e ter
alguns contatos relevantes. O fato é que quando as coisas saem do controle, é difícil
confiar em todos, até em si mesmo.
Acredito que a autora trabalhou com
questões de paciência, ansiedade e determinação. Os elementos se complementam,
visto que os próprios personagens apresentam essas e tantas outras particularidades.
Hildy teve seu próprio tempo para compreender a seriedade dos problemas. E é
por isso mesmo que tudo parece ser ainda mais realista e comovente.
Como esperado, há alguns episódios
reveladores, ainda mais porque a autora investiu bastante nos detalhes. Não
muitas cenas de ação, porém o destaque segue por conta dos pontos de vista de
Hildy, bem como a maneira como há alguma intervenção sobre si mesma. É, ao
mesmo tempo complicado, solitário, triste e autêntico demais.
Classificação SEL: 3/5
Comentários
Eu jurava que esse livro era o mesmo da Sarah Dessen, se não me engano o nome da autora.
Achei interessante tratar sobre alcoolismo. É um problema presente na sociedade. Às vezes é usado como escape, como percebi que era pra Hildy
Beijos
Balaio de Babados