Título: Traição do destino
Título original: Veil of Pearls
Autor: Marylu Tyndall
Editora: Fundamento
Páginas: 368
Sinopse: Charleston, 1812. Na fervilhante cidade movida por ricos fazendeiros, comerciantes e escravos, a recém-chegada Adália Winston tenta manter seu segredo: por trás da pele branca e dos bons modos, esconde-se uma escrava fugitiva. Nem mesmo sua fé inabalável ou o doce sabor da liberdade conseguem aplacar o medo de que, de repente, seu antigo dono a encontre e a arraste de volta para um mundo de sofrimento. Por isso, quando o jovem Morgan Rutledge, filho de uma das famílias mais influentes de Charleston, se encanta por Adália, ela resolve ignorá-lo. Mas o desejo de ser amada e protegida é mais forte e ela acaba se apaixonando pelo rapaz. Só que é ela quem acaba sendo levada para um mundo ao qual não pertence: a alta sociedade, onde o esplendor e a ambição traçam suas teias de intrigas, ciúmes e vingança, colocando em risco o destino do jovem casal. E agora: o amor entre Adália e Morgan será a salvação ou a ruína de ambos? Se seu terrível segredo de ex-escrava for revelado, Morgan abrirá mão de seu status e fortuna por um amor proibido e cheio de privações? Quando o passado bate à porta, o futuro pode não chegar.
Resenha:
Sou meio suspeita
para falar sobre romances de época, já que eu sou apaixonada por esse gênero.
Mas “Traição do destino”, de Marylu Tyndall, é mesmo um livro
maravilhoso, principalmente por apresentar inúmeras características
empolgantes. Além disso, a edição da Editora
Fundamento está incrível, seja por causa da capa majestosa ou pelas páginas
cheias de detalhes diferentes.
A ambientação se passa na movimentada e
bem-sucedida cidade de Charleston (Carolina do Sul), em 1812. É claro que a
sinopse já revela a premissa instigante deste enredo, mas nada que possa
estragar as surpresas no decorrer da leitura. E é impossível não se encantar
por personagens fortes e que acabam se encontrando num cenário inusitado,
perigoso e repleto de pressões determinantes da época.
Althea
Claymonre é agora
conhecida pelo nome de Adália Winston.
Ela fugira de Barbados e precisaria se acostumar diante de uma nova rotina, e mesmo
que seja árdua e trabalhadora, também não deixaria de ser mais tranquila. Antes
era escrava de Sir Walter e precisou esperar a oportunidade perfeita para fugir
A moça, de pele branca e modos um
tanto agressivos, teve muita sorte em sua aventura. Althea não teve muitas
alternativas, por isso se vê agradecida quando o capitão Faraday deixa que ela
embarque em seu navio rumo a Charleston. Ainda bem que Althea sempre se mostrou
muito esperta e entusiasmada, e consegue perceber as melhores conveniências em
seu caminho.
Posteriormente, pode-se dizer também
que ela passa por várias dificuldades em busca de sua sobrevivência. Althea
começa a ajudar alguns o padre Mulligan com alguns órfãos doentes, e em seguida
consegue um emprego de assistente junto ao doutor Langston Willaby. E é através
disso que seu caminho se cruza com Morgan
Rutledge.
A família de Morgan é muito influente
e cheia de responsabilidades, como já é possível supor desde os primeiros
momentos. O pai dele, Franklin, é decidido e hostil, assim como seu irmão,
Hadley, se mostra extremamente mimado e com pouco caráter. Ele também tem uma
irmãzinha, Lizzie, que se destaca sempre que entra em cena, com seu jeito
sonhador e inocente. A mãe, Mary, também demonstra ter um coração bondoso,
apesar de viver num cenário invasivo demais.
É uma leitura muito ágil, agradável e
intensa, seja pelo romance arrebatador e, de certa forma, enigmático, pelas
opiniões extremamente reflexivas, pelos encontros ameaçadores ou por todas as características
comoventes de cada personagem – mesmo porque todos merecem destaque nessa trama.
Classificação SEL: 5/5
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