Resenha: Entre a ruína e a paixão - Sarah MacLean @gutenberg_ed

Informações do livro:
Título: Entre a ruína e a paixão
O clube dos canalhas #3
Título original: No Good Duke Goes Unpunished
(The Rules of Scoundrels #3)
Autor: Sarah MacLean
Editora: Gutenberg
Páginas: 304






Sinopse: Uma noiva desaparecida na véspera de seu casamento. Um poderoso duque acusado de assassinato. Uma noite que mudou duas vidas para sempre. Temple viu seu mundo desmoronar quando acordou completamente nu e desmemoriado em uma cama repleta de sangue. Destituído de seu título e acusado de assassinato, o jovem duque foi banido da sociedade. Doze anos depois, recuperado em sua fortuna e seu poder como um dos sócios do cassino mais famoso de Londres, sua redenção surge quando a única pessoa que poderia provar sua inocência ressurge do mundo dos mortos. Após doze anos desaparecida, Mara Lowe se vê obrigada a reaparecer quando seu irmão perde toda a fortuna da família nas mesas do cassino do homem cuja vida ela arruinou. Temple quer provar a todos que é inocente e, sobretudo, se vingar e destruir a vida daquela mulher, enquanto Mara precisa enfrentar o passado para recuperar seu dinheiro. Assim, os dois formam um acordo obsceno que os une em um jogo de poder e sedução. Mas ambos descobrem que a realidade esconde muito mais do que as aparências revelam e eles se veem em uma encruzilhada na qual precisam escolher entre lavar a honra do passado e garantir o futuro ou ceder ao desejo de se entregarem de vez à irresistível atração que sentem um pelo outro, mas que pode arruiná-los para sempre.




Leia também:
O clube dos canalhas #1 Entre o amor e a vingança - Sarah MacLean (Editora Gutenberg)



Resenha: Estou completamente encantada pelas histórias criadas pela autora Sarah MacLean, e isso que só li dois livros dela, sendo o primeiro “Entre o amor e a vingança” e este último, “Entre a ruína e a paixão”. São, respectivamente, o volume 1 e 3 da série O clube dos canalhas, e por mais que ainda não tenha lido o volume 2 (“Entre a culpa e o desejo”), não há preocupações sobre seguir a sequência certa, já que os romances históricos seguem histórias independentes.

A trama não poderia ser mais misteriosa, visto que até os personagens se sentem receosos em uma ambientação extremamente hostil e arriscada. Mas ao mesmo tempo é afetuosa e divertida, revelando todo o amor envolvido entre as páginas.


O leitor pode até se sentir confuso sobre as explicações de alguns acontecimentos, mas é claro que depois percebe-se que isso é intencional por parte da autora, afinal de contas, as emoções e os conflitos acontecem durante as revelações mais importantes. E acredito que é preciso ser seletivo sobre o que dizer deste enredo, já que tudo pode ser considerado um spoiler, ou não – depende muito do ponto de vista analisado. O fato é que nada pode tirar a sensação incrível de poder desvendar os enigmas e se deliciar no romance.

Uma das principais características desse enredo é que nada parece ser o que é. E desde as primeiras páginas é preciso ficar atento sobre todas as pistas dadas e compreender o que realmente está por trás de cada atitude feita. Cada capítulo se torna instigante, pelo simples fato de poder descobrir o que está por trás de cada aceitação feita e detalhes completos.


A protagonista, Mara Lowe, entende a implicância de seus atos passados, mas é inevitável não se irritar em alguns momentos com suas perspectivas. Mas é muito bom poder acompanhar suas mudanças e seu reconhecimento, assim como sua coragem e seu apoio para se manifestar sobre o caso destacado. Ainda mais porque a culpa estava consumindo seus pensamentos, tornando as decisões e os encontros bem mais difíceis. Mas é por isso, entre tantos outros detalhes, que é impossível não se apaixonar por essa heroína.


Mara, filha de uma família rica seria a Duquesa de Lamont e futura madrasta de William Harrow, Marquês de Chapin e herdeiro do ducado de Lamont, também conhecido como Temple. Ele não lembra do que pode ter ocorrido na noite em que foi acusado de assassinado e isso piora ainda mais sua situação. Era a véspera do casamento do seu pai, e Temple não tem como provar que não cometeu um crime.


Doze anos se passam, mas o lado sombrio de Temple continua se manifestando com muita força, e é algo que se torna mesmo inevitável, ainda mais por conta da negação que o envolve. Por não saber explicar seus atos, se sente ainda mais vulnerável e perdido em seus piores pensamentos. É um personagem que se evidencia demais e é impossível não se emocionar em vários momentos.


O desenvolvimento é sutil, apesar de todos os conflitos destacados, e ainda consegue revelar impressões interessantes a respeito de Temple. Quem não o conhece mais profundamente não pode dizer que ele se importa muito sobre o que dizem sobre si, mesmo porque é como se nada fizesse sentido em seus dias. Mas é ai que as conexões com o passado começam a ficar mais fortes.


E nessa trajetória imprevisível, ousada, sexy e determinante, os elementos mais característicos sempre giram em torno de muitos sentimentos. Os episódios são incertos demais, mas o romance não poderia ser mais sincero, instigante e arrebatador. Não é nenhuma novidade, mas é óbivo que estou ainda mais ansiosa para poder conferir outras tramas escritas por Sarah MacLean.

Classificação SEL: 5/5

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