Resenha: A queda dos anjos - Susan Ee @Verus_Editora

Informações do livro:

Título: A queda dos anjos

Fim dos dias #1

Título original: Angelfall 

(Penryn & the End of Days #1)

Autor: Susan Ee

Editora: Verus

Páginas: 279

SKOOB | GOODREADS

Sinopse: Quando o mundo que conhecemos está prestes a ser arrasado, é preciso apostar tudo na redenção. Os anjos do apocalipse chegaram — e vieram para aterrorizar a humanidade e acabar com o mundo moderno. Gangues de rua tomam conta do dia, enquanto o medo e a superstição dominam a noite. Quando anjos guerreiros sequestram uma menininha indefesa, sua irmã mais velha, Penryn, fará o que for preciso para salvá-la. Até mesmo um acordo com um anjo inimigo. Raffe é um guerreiro caído, que perdeu as asas. Depois de eras lutando suas próprias batalhas, ele é resgatado de uma situação desesperadora pela jovem Penryn, que concorda em ajudá-lo — desde que ele mostre a ela como encontrar sua irmã. Viajando por um mundo sombrio e perigoso, eles podem contar apenas um com o outro para sobreviver. Juntos, vão em direção à fortaleza dos anjos em San Francisco, onde Penryn arriscará tudo para resgatar sua irmã, e Raffe se colocará à mercê de seus piores inimigos pela chance de voltar a ser inteiro.

Resenha: “A queda dos anjos” é o primeiro volume da série Fim dos dias, escrito por Susan Ee, e publicado recentemente pela Verus Editora. Antes de qualquer comentário sobre a história, preciso admitir que não pensei duas vezes ao querer ler essa obra. Inicialmente, minha curiosidade despertou por causa da temática de anjos do apocalipse, além de ser uma distopia; o que eu adoro, e depois para entender melhor a relação perigosa entre os personagens.

O fim dos dias está próximo e demonstra estar cada vez mais dividido entre tantas guerras e demais confusões. E é assim que os anjos do apocalipse se apresentam em sua forma mais perigosa. Claro que em meio ao caos, outros problemas começam a surgir e todos buscam apenas a sobrevivência. As pessoas já não se sentem mais seguras em nenhum lugar, principalmente ao saber que qualquer coisa pode acontecer e sem ninguém esperar.

A protagonista Penryn se mostra bem corajosa, principalmente ao cuidar de Paige, sua irmã mais nova. Se destaca ainda mais por não ser indefesa e lutar para seguir seus planejamentos até o final. Apesar de todos os obstáculos e por ser apenas humana e cheia de imperfeições, tem um grande poder em mãos. Ela precisa transparecer confiança, mas as vezes nem isso é capaz de fazê-la compreender novos planejamentos para seguir em frente. Infelizmente, as vezes é necessário seguir caminhos contrários para encontrar uma solução viável.

A ambientação não poderia ser descrita de forma mais apreensiva, hostil e desesperadora, já que qualquer atitude pode ser motivo de suspeitas e muito pânico. Assim como as gangues de rua e a parte sobrenatural garantem momentos complicados, como se nada pudesse parar as batalhas impostas. Todos ficam expostos demais, e é difícil encontrar uma informação que realmente faça sentido.

É complicado imaginar como a situação de Penryn mudou tão rápido. Ela sabe que precisa cuidar da mãe, que é esquizofrênica e paranoica, e da irmã paraplégica, mas é claro que não consegue controlar tudo ao mesmo tempo. E é por causa de uma distração que Paige, sob uma cena de combate, é levada por um anjo maligno.

As asas do anjo Raffe foram cortadas e é uma surpresa para Penryn que ainda esteja vivo. A garota encontra uma oportunidade para saber o paradeiro da irmã e é por isso que decide ajuda-lo. Ao salvar sua vida, a conexão dos dois se torna bem maior que o esperado. Na verdade, essa socialização, um tanto estranha, entre os dois é um pouco demorada, mas se mostra interessante na medida em que ambos cedem um pouco. A relação por parte de um romance não é muito desenvolvida, pelo menos não como imaginei, mas acredito que haverá interações maiores na continuação.

Para mim, a leitura flui bem rápido e me surpreendi como há a exposição dos fatos de um jeito mais sensível e ao mesmo tempo íntimo demais. As emoções também merecem destaque, já que todos os personagens representam algo mais forte na narrativa e são bem expressivos no que fazem. E por falar nisso, a grande surpresa segue por conta de Susan Ee e sua escrita envolvente. Estou muito curiosa para conferir os próximos capítulos dessa série instigante e perturbadora.

Classificação SEL: 4/5