Resenha: A guardiã de histórias - Victoria Schwab @BertrandBrasil

Informações do livro:

Título: A guardiã de histórias

The Archived #1

Título original: The Archived 

(The Archived #1)

Autor: Victoria Schwab

Editora: Bertrand Brasil

Grupo Editorial Record

Páginas: 322

SKOOB | GOODREADS

Sinopse: Imagine um lugar onde, como livros, os mortos repousam em prateleiras. Cada corpo tem uma história para contar, uma vida disposta em imagens que apenas os Bibliotecários podem ler. Aqui, os mortos são chamados de Histórias, e o vasto domínio em que eles descansam é o Arquivo. Mackenzie Bishop é uma implacável Guardiã, cuja tarefa é impedir Histórias geralmente violentas de acordar e fugir do Arquivo. Naqueles domínios, os mortos jamais devem ser perturbados, mas alguém parece estar, deliberadamente, alterando Histórias e apagando seus trechos essenciais. A menos que Mac consiga juntar as peças restantes, o próprio Arquivo sofrerá as consequências.

Resenha: “A guardiã de histórias”, de Victoria Schwab, chamou a minha atenção principalmente pela sinopse. Me faz pensar o quanto as histórias dos livros são importantes e de como podem guardar segredos importantes, entre outros assuntos, documentos, informações e afins. Então, fiquei curiosa ao imaginar uma bibliotecária responsável por guardar histórias num arquivo, sendo que só ela poderia entender o significado de suas ações.

Mackenzie Bishop é uma guardiã de histórias no arquivo e não teve escolha, já que sempre esteve determinando assim. A garota é bem nova e foi seu avô que lhe repassou essa função após sua morte. Por falar nisso, é muito interessante acompanhar a relação dos dois, desde sensações de carinho até as passagens de conhecimentos – e ela aprende bastante mesmo, especialmente sobre superação.

Eu adorei essa personagem, especialmente por querer ser tão forte, apesar de ter seus muitos momentos de fraqueza, mesmo porque é algo bem compreensível diante de tudo que passa. Não é tão difícil entendê-la, afinal de contas, porque tem muitas confusões ao seu redor, além de outros dilemas que surgem em seu caminho.

É claro que existe muito a se explorar nesse enredo, mesmo porque é algo bem diferenciado. O fato de a história das pessoas estarem guardadas em livros nas bibliotecas pode ser simples, mas logo percebemos que há muito mais arriscado nesses fatos, afinal de contas Histórias são registros de tudo. Pessoas mortes ficam guardadas como livros e cada uma possui uma experiência diferente a ser guardada.

Logo nas primeiras páginas, o leitor compreende que o significado de três lugares e de como são relevantes: o Exterior é tudo que está ao nosso redor, os Estreitos é um lugar cheio de pesadelos (esse lugar chama muito a atenção por suas peculiaridades) e o Arquivo, resumindo, é a biblioteca dos mortos. Todos possuem portas – para dentro e para fora – e é por isso que necessitam de chaves e de muita proteção.

A questão principal é que, se por acaso, há a fuga de uma história do arquivo, poderá existir conflitos interiores sobre a realidade em que está, ao ponto de ocorrer muitas e muitas confusões por causa disso. E é por isso que os guardiões de história precisam tomar muito cuidado para que não ocorra nenhum problema maior. Então, não é nem um pouco fácil saber decifrar o que está ocorrendo quando muitas histórias começam a acordar.

Gostei muito da narrativa da autora, e acredito que o principal destaque foi ela ter conseguido dar vida a uma trama que tinha tudo para ser comum, mas acabou sendo surpreendente demais. E é claro que a leitura não poderia ter sido mais proveitosa e ágil, especialmente por conta da narrativa, que é extremamente envolvente.

Classificação SEL: 4/5