Resenha: A caçadora de bruxos - Virginia Boecker @galerarecord

Informações do livro:

Título: A caçadora de bruxos

A Caçadora de Bruxos # 1

Título original: The Witch Hunter 

(The Witch Hunter #1)

Autor: Virginia Boecker

Editora: Galera Record

Páginas: 308

SKOOB | GOODREADS

Sinopse: No mesmo estilo de Guerra dos Tronos, “A Caçadora de Bruxos” reconstrói uma Inglaterra medieval mítica, com magia e muita intriga política Na Ânglia do século XVI, a prática da magia é ilegal e infratores são queimados nas fogueiras. Elizabeth Grey é uma das melhores caçadoras de bruxos do rei: ela localiza e captura Reformistas, rebeldes suspeitos de praticar feitiçaria para que sejam julgados e executados, conforme manda a lei. Até que, inexplicavelmente, ela é incriminada e acaba presa sob a acusação de praticar a arte que se dedicou a erradicar. A salvação, no entanto, acaba vindo na forma de seu maior inimigo: Nicholas Perevil, o mago mais poderoso e procurado de Ânglia. À medida que Elizabeth se associa aos Reformistas, suas crenças sobre a legitimidade da proibição da magia são profundamente abaladas. Ela se vê em meio a uma contenda política de proporções épicas e percebe que seus antigos aliados agora são seus inimigos mortais. Será que Elizabeth está pronta para decidir de qual lado está sua lealdade, afinal de contas?

Resenha: “A caçadora de bruxos”, de Virginia Boecker, é o primeiro volume de uma série, e apresenta uma trama interessante, mas que não é inovadora, pelo menos não como esperava. Confesso que estava curiosa para fazer essa leitura, não pela referência ao ser do mesmo estilo de Guerra dos tronos, porque não gosto quando há esse tipo de citação, e sem contar que nem ao mesmo curto a trama de Guerra dos tronos. 

Enfim, o que me motivou mais mesmo foram os elementos descritos sobre a magia, a ambientação e as questões das intrigas políticas, além de ser do gênero de fantasia medieval, que pessoalmente eu adoro. Sem contar que há romance também. Claro que a capa foi um fator essencial por essa escolha; ela está muito linda, assim como toda a diagramação feita pela editora.

Elizabeth Grey se tornara uma caçadora de bruxos muito respeitada no reino de Ânglia, isso porque é uma das melhores e está a favor do rei. Caleb é considerado o melhor, e confesso que no começo imaginei algo diferente para ele. O treinamento é pesado, assim como também não é possível haver dúvidas sobre a realização de seus serviços. A lei é cruel e ninguém pode ir contra o inquisidor Blackwell.

Infelizmente, parece que há algo contra ela e é por isso que acaba entrando em uma conspiração bem intricada. Ela é questionada sobre a prática de bruxaria, e os lados acabam se invertendo rápido demais. Ela se torna a inimiga e começa a perceber como as coisas realmente funcionam, isso pelo lado de quem ela sempre fora contra.

A partir dai, as cenas tomam um ritmo mais tenso e extremamente perigoso. Alguns episódios podem ser previsíveis, mas há outros em que não há como saber como será o desenvolvimento final. E é assim que Nicholas Perevil entra em cena, aquele que ela nunca poderia imaginar que estaria ao seu lado, especialmente por ser um mago. Há muito a ser revelado sobre isso, além de questões novas sobre o que realmente deve ser valorizado.

É ótimo poder acompanhar as mudanças de ideias acerca da magia, ainda mais porque Elizabeth nunca poderia imaginar que estaria em determinada situação. Parece que sua consciência começa a pesar ao pensar quantos já foram capturados e mortos, e é por isso que se pergunta se as ordens dadas eram mesmo certas, se há segredos ou o que há por trás de tanta pressão. Ela e Nicholas precisam auxiliar um ao outro, e conseguem desenvolver uma relação bem firme e inteligente também.

Como já é esperado nesse tipo de ambientação, o poder diante da política é algo muito explorado, e é claro que há vários conceitos e discussões sobre isso. As pessoas perdem a noção de seus atos, e mal percebem todas as suas implicações, e o mal que fazem para si mesmas e as pessoas ao seu redor. Por mais que seja ficção, é algo que pode refletir bastante em nossa própria realidade.

Foi uma leitura bem válida, apesar de haver pontos negativos (seja pela previsibilidade ou por algumas inconformidades sobre a protagonista e personagens secundários). Me surpreendi com alguns aspectos, ao mesmo tempo em que não senti necessidade de certas ocorrências. Mas de um modo geral, está bem equilibrado e é mais do que recomendado para quem curte o gênero. 

Classificação SEL: 4/5