Título: Um ano solitário
Autor: Alice Oseman
Editora: Rocco Jovens Leitores
Editora: Rocco Jovens Leitores
Sinopse: Estreia da jovem Alice Oseman na literatura Young Adult, Um ano solitário foi chamado de “O apanhador no campo de centeio da era digital” pelo jornal The Times. Cativante e genuíno, o romance acompanha a transformação de Tori Spring de uma adolescente apática em alguém que precisa deixar sua zona de conforto para trás. Tirando o blog onde escreve sobre seu pessimismo crônico e o irmão Charlie, que se recupera de um problema que o levou a tentar o suicídio, Tori se mantém indiferente ao resto do universo – incluindo o colégio, sua melhor amiga, garotos, filmes, livros, seus pais. E permanece alheia quando Michael Holden, novo na escola, tenta convencê-la a investigar um misterioso site chamado Solitaire, que tem causado algumas confusões no colégio. Tori mal percebe o esforço de Michael e de um outro amigo para se aproximarem dela. Mas quando as brincadeiras e jogos promovidos pelo grupo virtual começam a ficar estranhamente perigosos, a garota precisa dar um passo que pode mudar sua vida – e a maneira como vê o mundo e se relaciona com as pessoas – para sempre.
Resenha: "Um ano
solitário", de Alice Oseman, conseguiu superar todas as minhas
expectativas, primeiro por conta do ótimo desenvolvimento e depois pela
narrativa diferenciada, delicada e cheia de reviravoltas e críticas também.
Claro que nos faz pensar muito sobre certas temáticas abordadas no livro, o que
torna tudo ainda mais interessante.
A personagem central
passa várias incertezas ao leitor, mas é justamente nesse ponto que ela se
torna tão impactante aos nossos olhos. Pela minha parte, foi possível encontrar
várias semelhanças sobre sua personalidade (comigo ou com alguém que conheci) e
isso também é um detalhe bem especial.
É complicado poder
perceber que algumas pessoas podem ter más intenções tão intensas, e é claro
que na adolescência tudo se intensifica demais e surgem muitas duvidas nesse
percurso. Os sentimentos também são bem inesperados, e quem é, ou já foi,
adolescente pode confirmar isso mesmo. Para alguns não existem tantos temores,
mas para outros sim. E vale ressaltar que cada um possui suas diferenças, suas
qualidades, seus defeitos.. Enfim, essa minha reflexão é totalmente por conta
da leitura desta obra.
E é por isso que
vale comentar que a personagem Tori Spring tem muito a oferecer perante
nossa própria sociedade. Isso porque não é difícil pensar em algumas situações
semelhantes já vistas por aí. O grupo Solitaire, baseado no jogo
"Paciência" também inova por conta de seus enigmas e riscos que o
envolvem. Esse mistério é bem determinante por sinal. Mas as conexões também se
mostram muito bem desenvolvidas, sendo que o leitor tenta compreender todos os
passos analisados no conceito.
Esse livro não possui
muitas reviravoltas, porém apresenta mensagens bem especiais, e nesse caso
garante boas reflexões também, em especial sobre as várias mudanças numa fase
meio "estranha" digamos assim. Mas existem certas surpresas que
garantem cenas bem convincentes também.
Uma coisa é certa:
acredito que a autora tentou expor (e trabalhar com) a honestidade diante do
ponto central dessa obra, e isso é o que mais chamou a minha atenção.
Ah, sobre essa capa: só posso mencionar que está fantástica, a editora arrasou!
Classificação SEL: 4/5
Comentários
(Aliás, recomendo, se você tiver um bom inglês, a ler a comic dela. Mostra mais sobre o Charlie, mas, pelo o que deu pra comparar na sinopse, se passa um pouco mais no futuro do que o livro)