Sinopse: Jonas não sabe muito bem o que fazer da vida. Entre suas leituras e ideias para livros anotadas em um caderninho de bolso, ele precisa dar conta de seus turnos no Rocket Café e ainda lidar com o conservadorismo de seus pais, sua mãe alimenta a esperança de que ele volte a frequentar a igreja, e seu pai não faz muito por ele além de trazer problemas. Mas é quando ele conhece Arthur, um belo garoto de barba ruiva, que Jonas passa a questionar por quanto tempo conseguirá viver sob as expectativas de seus pais, fingindo ser uma pessoa diferente de quem é de verdade. Buscando conforto em seus amigos (e na sua história sobre dois piratas bonitões que se parecem muito com ele e Arthur), Jonas entenderá o verdadeiro significado de família e amizade, e descobrirá o poder de uma boa história.
Essa trama LGBT, nos faz refletir sobre questões fortes de nossa própria sociedade, referente a julgamentos e rejeições – dos mais leves aos mais pesados – e todas as suas consequências na vida das pessoas.
Essa
proximidade / identificação nos leva a crer o quanto precisamos melhorar, e
muito, até mesmo para nos aceitarmos do jeito que somos. A humanidade precisa melhorar muito, né gente?!
Questões sutis como descobertas de sentimentos também são muito
bem exploradas nesse contexto. E não é apenas na parte de mostrar um
relacionamento amoroso, mas no lado familiar também, o que torna tudo ainda
mais importante. De mostrar os sonhos, mudanças e com quem se pode contar
realmente, sem que haja brigas e medos de exclusão.
Diante do exposto e de todas as identificações, Jonas é um ótimo personagem, visto que
o autor consegue abranger bem os seus receios e conflitos dentro de sua própria
casa – com seus pais, e com amigos e afins.
Ele se mostra completamente diferente em ambos os casos, mas é
completamente aceitável diante dos fatos, compromissos e das expectativas de
sua vida – o leitor percebe bem isso, infelizmente.
Religião também entra em cena, então é algo que afeta muito os
pensamentos de Jonas e de como deve, ou não, se portar. Mas em contrapartida,
todos os personagens secundários – amigos de Jonas – se destacam bastante.
Não posso deixar de afirmar o quanto essa narrativa se torna
especial e comovente, diante de tantas emoções e inseguranças, principalmente a
partir do momento em que vamos nos familiarizando com os personagens, seus
dramas e objetivos mais íntimos.
É ótimo perceber também o amadurecimento ao longo das cenas e o
desfecho que deixa o leitor encantado. Eu até finalizei a leitura em apenas um
dia, de tão rápido e delicioso que se torna.
Uma coisa é certa: o autor, Vitor Martins, sabe muito bem como acrescentar os detalhes mais inusitados e simples, além de algumas referencias bem legais no texto, fazendo com que o torne ainda mais especial. O autor também escreveu Quinze dias e você pode conferir a minha opinião AQUI.
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