Sobre o livro:
Sinopse: Em 1989, o jovem iraniano Reza se muda para Nova York com a mãe para morar com seu padrasto e o filho dele. Apesar de nunca ter contado para ninguém, Reza sabe há muito tempo que é gay. Porém, tudo que ele vê na televisão sobre a pandemia da aids e a comunidade LGBT reforça seu medo de que sua sexualidade está ligada a algo terrível. Então, o rapaz decide esconder sua verdade para se proteger das possíveis críticas da sua cultura e da sua mãe. Na escola nova, Reza conhece Judy, uma aspirante a estilista que adora criar e usar roupas coloridas. O maior ídolo dela é seu tio Stephen, um homem gay e soropositivo, que perdeu o parceiro para a aids e que usa seu ativismo para trazer atenção à doença. Ela tem certeza de que nunca vai se apaixonar — até conhecer Reza. Os dois iniciam um relacionamento, mas ele não consegue evitar os sentimentos que começa a ter por Art, melhor amigo de Judy. Art é o único garoto assumidamente gay da escola. Ele adora a Madonna, fotografa os protestos da comunidade e participa com orgulho do movimento gay — apesar da desaprovação de seus pais conservadores. À medida que os sentimentos de Reza por Art tomam forma, Reza luta para entender os desafios de assumir quem é sem machucar aqueles à sua volta. Numa jornada emocionante de autodescobrimento e amizade, Tipo uma história de amor é também um fantástico relato sobre a luta da comunidade LGBT e sobre o ato revolucionário de existir em meio ao medo e ao preconceito sem perder a alegria.
Desafios é o que não faltam
mesmo, ainda mais por conta de todos os motivos que os personagens acabam
repassando ao leitor e da época em si.
É bem complicado perceber o
quanto o caminho dos personagens, em especial pelo iraniano Reza, precisa de um
bom direcionamento. Não é fácil estar em Nova York e a leitura prova essa perspectiva
real.
Digo porque envolvem muitos
sentimentos diante de receios por conta de tantos medos de assumir sua opção
sexual. E a gente sabe que envolvem muitas expectativas também, em especial
sobre como será sua aceitação.
Art é outro personagem que se
destaca bastante e de como ele consegue definir bem sua preferência e
descobertas de vida. Ele sim se assumiu como gay.
Judy não me convenceu, mas talvez
seja por conta de suas atitudes e reações. Enfim, ela tem uma passagem
importante, afinal.
E sobre todas as narrativas,
interesse é o que não falta sobre cada um deles, ainda mais por conta da emoção
situada.
É bem conceitual poder ter o
ponto entre o passado e o presente também, principalmente porque bato na tecla
de que é visível a perspectiva com nossa realidade.
É uma história carregada de
verdades, e de vinculações. E do quanto pode representar a sociedade em certos
pontos bem atuais MESMO.
E com certeza pode definir bem
questões de violências, toda e qualquer tipo, e até chegar ao ponto de morte. A
Aids se destaca no contexto também.
Assim, pode-se dizer ainda que as
consequências dos atos também refletem bem diante das atitudes, conhecimentos e
relações exploradas. Medo sem fim, mas muitas conexões fortes.
Por fim, a mensagem (uma delas) é
clara e tocante demais: a luta não pode parar em nenhum momento! E os
sentimentos também não devem ser deixados de lado. São posições que envolvem
simples direitos de escolha, então não há nem o que se discutir.
Uma pena que diante disso, e de
tantas outras coisas, sempre surgem julgamentos demais e menos valorização. E
as pessoas falam demais, quase sempre sem conhecer a pessoa de verdade ou as
situações e desejos que a rodeiam.
Eu adorei fazer essa leitura e claro que me emocionei demais: de um modo geral por poder acompanhar o desenvolvimento e aproximações dos personagens num cenário tão introspectivo, sensível e dificultoso.
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