Sinopse: Flora Banks tem amnésia. Sua mente reinicia várias vezes ao dia desde que ela tinha dez anos, quando um tumor removido de seu cérebro levou embora a capacidade de criar novas memórias. Ela não consegue se lembrar de nada do dia a dia: a piada que a amiga fez, as instruções que seus pais lhe deram, quantos anos tem... até beijar o namorado da melhor amiga. Estranhamente, no dia seguinte ela se lembra do beijo. É a primeira vez que Flora se recorda de algo. Mas o garoto se muda para o Ártico. Segui-lo será a chave para Flora descobrir a verdade perturbadora sobre sua vida. Um livro sensível, cheio de segredos , mentiras e uma protagonista frágil porém corajosa, em busca de um passado sem o qual ela não pode saber a verdade sobre si mesma.
Com esse livro, foi algo bem
interessante, porque eu realmente marquei várias passagens. É uma leitura leve
(mas nem tanto ok), porém intrigante e misteriosa também. Não posso negar que a
trama é bem incomum e por ter um “Q” de superação que deixa o nosso coração
aquecido.
Sobre a personagem principal,
Flora, eu preciso dizer que tem um estilo próprio e que se destaca bastante
diante de toda a sua sensibilidade. A sinopse já revela o básico e de sua
amnésia (amnésia anterógrada) interferir na sua vida, de uma maneira bem óbvia.
Não é nem um pouco legal pensar
que a gente não vai se lembrar de um momento bom (de um ruim até seria bom
mesmo). O caso é que é uma temática que dá uma boa reflexão e eu adoraria falar
mais a respeito.. mas não quero me estender muito nisso.
A adolescente tenta manter certas
coisas sob controle, bem como as suas anotações, em especial pelo básico que
ela precisa ter em mente, como nome, endereço e assuntos relacionados a seu
respeito. O leitor consegue perceber que sua vida segue meio no automático,
ainda mais por manter uma vida cheia de regras e por não poder incluir mudanças
em sua rotina.
Acontece que a garota se depara
com uma mudança meio assustadora: ela consegue manter uma memória em sua
cabeça. Isso é mesmo algo sensacional, mas ai que surgem os questionamentos e
assim como receios também.
Os dias são bem difíceis, ainda
mais quando envolvem questões de aprendizados diários, e do quanto isso pode
afetar na vida de alguém. Há muita esperança em jogo, e é algo que mexe demais
com o psicológico (já abalado e desafiador) de Flora.
A memória em questão é a de um
garoto e é claro que o leitor já fica super empolgado também (porque eu
fiquei!). Só que o desanimo surge quando esse mesmo garoto, Drake, vai embora
para o Alaska. É exatamente nesse ponto que surge a motivação para querer ir
atrás do seu objetivo.
A garota se apega ao mínimo, mas
deseja o máximo. Esse aspecto deixa tudo mais emocionante e com uma coragem
surpreendente. A garota mesmo faz o que pode para sempre por na sua mente que
precisa ser corajosa.
Só sei que eu tentei me colocar
no lugar dela, entretanto, acho que surtaria mesmo. Flora é muito determinada,
não posso negar. Em seu caminho, é bem legal entender – junto com ela – o que
realmente importa (diante de todas as lembranças.
Que livro especial e transformador. E que personagem cativante numa história tão doce! Minha única reclamação na verdade é que fiquei com vontade de querer conhecer mais a fundo de Flora e de seu amadurecimento (bem mais do mais mesmo). No fim, acho que essa foi a intenção: deixar aberto para que o leitor a imagine do seu próprio jeito.
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