Resenha: O exército de cavalaria - Isaac Bábel - Editora Nova Fronteira

 Sobre o livro:




Sinopse: saac Bábel narra os horrores da Guerra Russo-Polonesa, um dos desdobramentos da revolução bolchevique de 1917. Em meio ao caos e à desumanização do conflito, vemos a natureza corriqueira não apenas da morte, mas também da maldade em suas múltiplas facetas, o que eleva ao máximo a tensão dos personagens e muitas vezes rompe com a esfera de conforto do leitor. Ainda assim, Bábel é capaz de evocar belas imagens que se entremeiam à indignidade da guerra, evocando o lirismo em uma prosa fortalecida no decorrer das décadas por seu potencial revolucionário. Esta edição foi traduzida diretamente do russo por Aurora Fornoni Bernardini e Homero Freitas de Andrade e traz um prefácio inédito do escritor e jornalista Henrique Balbi.


Resenha: "O exército de cavalaria" de Isaac Bábel, faz parte da Coleção Clássicos de Ouro, da Editora Nova Fronteira. É um livro que foi publicado originalmente em 1926, e abrange uma coletânea de trinta e seis contos. 

Narra os horrores da guerra Russo-Polonesa, entre situações breves de convívio, de motivações, sobre diálogos, perdas desconcertantes e demais batalhas sangrentas.

A obra, com origem da literatura russa, não poderia ser mais intrincada diante de tudo que é compreendido nos textos. Há também muitas indagações e expressões compreendidas, deixando a leitura ainda mais ágil e relevante em suas poucas páginas.

Os contos são curtos e bem objetivos, e acredito que isso é um dos pontos a se destacar nesse título. A escrita do autor é habilidosa demais, e já é possível perceber onde ele deseja chegar em suas especificações certas.

O leitor já deve imaginar ler a respeito de conflitos bem determinantes entre os assuntos analisados. As experiências vivenciadas pelo autor são carregadas de sentimentos tristes, de sofrimento e de desolação.

Todas as passagens retratadas entre o Exército de Cavalaria são interessantes, e enquanto uns são mais tranquilos, outros são intensos sobre as consequências dos atos da época. 

Não há a exploração do drama em sua intensidade - como seria esperado, mas existe sim, os relatos vivídos entre a linha tênue da realidade e da ficção.

Nas últimas páginas desse livro, há notas dos tradutores com dados bibliográficos pertinentes, bem como de um glossário de termos utilizados no decorrer das páginas.

"- ... Tudo é mortal. A vida eterna é destinada apenas à mãe. E quando, a mãe não está mais entre os vivos, deixa uma lembrança de si que ninguém ainda ousou profanar. A lembrança da mãe nutre em nós como o oceano, e o oceano sem fim nutre os rios que sulcam o Universo..." Pg.51

Classificação: 4/5

Comentários