Resenha: Wilde em Berneval - Gérson Werlang, Editora Coralina

Sobre o livro:




Sinopse: Em maio de 1897 o escritor Oscar Wilde foi libertado da prisão, depois de dois anos de cárcere e trabalhos forçados. Seu crime: homossexualismo. Sua relação com um nobre, Lord Alfred Douglas, fez com que sua vida entrasse em um declínio vertiginoso, que o levaria à condenação. No período que antecede imediatamente sua condenação, ele é um dos mais festejados autores ingleses.


Resenha: "Wilde em Berneval", de Gérson Werlang (Editora Coralina) apresenta os relatos envolvendo o escritor Oscar Wilde em suas experiências vivenciadas durante o período de três meses. 

O livro se divide em duas partes e os capítulos são separados por datas, então a narrativa acaba sendo direcionada de forma extremamente habilidosa. Ele mesmo afirma ser uma espécie de carta-diário.

"É estranho como me adaptei rapidamente a este local. Creio que a maior necessidade que eu possuía e ainda possuo é de sentir-me livre do julgamento do mundo." Pg.24

Oscar Wilde chegou na aldeia de Berneval, no litoral da França, para viver novos ares e se recompor depois de ter vivenciando momentos tão tenebrosos e extremamente desagradáveis em uma prisão. Mudou o nome e só queria sua paz restaurada, sem os julgamentos que estariam o perseguindo.


E é assim que acompanhamos suas novas aventuras, e dessa vez, atendendo pelo nome de Sebastian Melmoth. Ele até se vê no meio de uma investigação, então é ótimo poder acompanhar cada passo compreendido. 

"A vida imita a arte, mas com traços sutis de crueldade." Pg.33

Sua ligação com a escrita se mostra bem importante, mesmo porque é no seu diário que temos as percepções das cenas. 

Em sua escrita, o leitor percebe com clareza as suas dúvidas, confusões e demais e sentimentos mais íntimos diante do seus pensamentos, de seu isolamento e de toda a sua adaptação.

"Jurei que jamais voltaria a escrever, mas não tenho outra possibilidade de escapar a mim mesmo, por isso volto ao antigo vício." Pg. 111

Classificação: 4/5

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