Sinopse: Quando a jovem Lizzie Lauren quebra o carro em uma via deserta, Arthur decide não deixar essa chance escapar. Um homicídio chama outro homicídio? Até onde um homem pode suportar o peso de suas próprias loucuras? Nesse jogo de dominó as peças estão em queda livre e o desejo por asfixia pode resistir a tudo. Deixe que o Assassino conte sua história e decida em que acreditar.
Resenha: "Asfixia: A história de um assassino", da autora nacional Munyke Melo (Editora Crystal Books), expõe uma história curiosa por conta de um desenvolvimento ousado e por vezes até inusitado também. Isso porque, nesse livro em especial, o narrador é o próprio assassino, então o leitor tem a oportunidade única de conhecer, dentre tantos lados, o mais sombrio.
O carro de uma moça enguiçou e ela se vê obrigada a pedir ajuda, e é assim que se depara com Arthur. O problema é que ele não entendia nada de carro, e na verdade só viu uma oportunidade nesta situação. Esse é só o começo de um rastro de mais crimes...
Aos poucos, começa-se a descobrir mais sobre sua vida, de tudo que passou e dos traumas que carrega. O fato é que surge o questionamento: os fins justificam os meios? Mas não, não justifica em momento algum. Uma pessoa é vítima até determinado momento, mas quando ultrapassa os limites, não há nada que o defenda. Será mesmo se em algum momento, Arthur queria se justificar?
Ele não se considerava ser um assassino e sim como Deus, porque quando a pessoa está em seus braços, é ele que tem o controle de vida ou de morte. Isso é algo que impacta muito ao ler, ainda mais diante de tudo que está envolvido e de como os pensamentos se tornam contraditórios demais. De como sua tranquilidade se mostra tão presente... De como seu "monstro interno" estava mais presente do que ele conseguia compreender...
Nesse enredo, há muitas e muitas impressões - e sensações - a serem compreendidas sobre esse personagem, especialmente pelo modo como ele se vê e como age perante as cenas. Então, é interessante demais acompanhar o passo-a-passo de como ele narra a respeito dos crimes que comete, de como se sente e de como percebe suas emoções florescerem.
A escrita da autora é incrível demais e eu não poderia estar mais feliz ao ter a oportunidade de fazer essa leitura. E logo nas primeiras páginas, o texto já nos deixa envolvidos diante de uma narrativa intensa e extremamente complexa. É o tipo de livro em que o leitor começa a ler de forma despretensiosa, mas quando percebe, já se vê quase na metade da obra - ou próximo do desfecho.
A escrita da autora é incrível demais e eu não poderia estar mais feliz ao ter a oportunidade de fazer essa leitura. E logo nas primeiras páginas, o texto já nos deixa envolvidos diante de uma narrativa intensa e extremamente complexa. É o tipo de livro em que o leitor começa a ler de forma despretensiosa, mas quando percebe, já se vê quase na metade da obra - ou próximo do desfecho.
Classificação: 5/5
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