Resenha: Conversando com os pais - Magdalena Barbera Sottano, Chiado Books

 Sobre o livro:




Sinopse: Como ser um bom pai?... Ou, uma boa mãe?... Com fundamentação psicanalítica, “Conversando com os pais” baseia-se em teorias dos principais educadores, pediatras, psiquiatras e psicanalistas infantis, como D.W.Winnicott, Françoise Dolto, Aldo Naouri, Marcel Rufo, Haim Grunspun, Içami Tiba, entre outros. Abordando o vínculo mamãe-bebê e a primeira infância, o livro dá ênfase para o contato afetivo-emocional, como principal alavanca para a construção de uma personalidade sadia. Numa linguagem simples, “Conversando com os pais”, aborda uma educação voltada para a autonomia e liberdade da criança. Mostra que, além da educação formal, aprendida na escola, a criança necessita, antes de tudo, aprender a realizar-se sozinha, e individualmente, explorando todas as suas potencialidades. O livro deixa claro que, somente desta forma a criança se desenvolverá de uma forma tranqüila e equilibrada. Naturalmente... Tornando-se um adulto seguro. Cidadania e socialização da criança são temas também abordados. Ou seja, como, através de regras sociais, e valores de moral e ética, a criança constrói sua personalidade e maturidade. Enfim, saber quem é a criança. Descobrir as suas reais necessidades... E, proporcionar-lhes. Este é o objetivo deste livro.


Resenha: "Conversando com os pais", da escritora e psicóloga, Magdalena Barbera Sottano (Chiado Books) faz parte da coleção Compendium, e se mostra uma leitura maravilhosa, diante do conteúdo compreendido.

A obra proporciona uma ótima abordagem a respeito do convívio dos pais com seus filhos. E como a mesma autora afirma, a teoria é uma coisa, e a prática é outra completamente diferente. Nós, pais, sabemos mesmo disso, ainda mais quando o assunto envolve a educação infantil e a prática em cima disso. É uma responsabilidade enorme e que envolve muitos aspectos diferentes nessa jornada.

"No processo de educação, é bom lembrar, que a simples repressão não funciona, acrescenta o educador. É preciso incentivar o comportamento certo. A simples aprovação é uma recompensa para a criança. Ao passo que o silêncio é uma permissão. Educar não é deixar a criança fazer somente o que quer. É preciso incutir-lhe critérios de valor"

Educar não é, e nunca vai ser algo tranquilo, na verdade, se torna um desafio diário. Digo por mim mesma: eu amo ser mãe, realmente nasci para isso, porém acabo me irritando demais, as vezes por pouco, e claro que depois me sinto culpada por algumas ações impensadas. 


Enfim, o fato é que essas páginas explanam muito bem sobre isso e da forma como desenvolvemos nossas atitudes e modo de reações. É uma obra completa e que nos faz ter novas percepções. Os fundamentos interagem de forma habilidosa em todos os aspectos situados, bem como todas as condições a serem analisadas também.

Tudo se baseia no equilíbrio, mesmo porque é a família que tem o poder de fazer esse direcionamento, que servirá para uma vida toda. Claro que existem muitas influências nesse caminho, porém sempre haverão consequências, se o ambiente não estiver de acordo com o esperado.

Então, há passagens interessantes que giram em torno de ansiedade, superproteção, rejeição, abandono, insegurança e indecisão, perfeccionismo, comparações, hostilidade, negligência e até mesmo de castigos. Ou seja, são atitudes que, de uma maneira ou outra, podem interferir demais  na educação e nas próprias relações familiares.

Nota-se que há muita pesquisa e elementos questionadores nesse título, e é isso que o torna ainda mais único e especial. É uma leitura que desenvolve também outras questões mais íntimas sobre o comportamento humano em si, e sobre experiências pessoais vivenciadas nesse tipo de processo.

Classificação: 4/5

Comentários