Semana passada, compartilhei com vocês a minha nova edição de "Em busca de Cinderela & Em busca da perfeição". Ontem chegou por aqui "Um caso perdido" e está uma perfeição. Abaixo segue sinopse e trechos de minha resenha publicada por aqui há alguns anos atrás.
"Algumas vezes, a verdade pode ser impossível de digerir. Às vezes, só às vezes, a mentira parece ser a melhor saída. A melhor opção.
Aos 18 anos, Sky cataloga garotos como sabores de sorvete. Alguns são baunilha, outros, um pouco mais ousados. Mas nenhum a empolga. Aliás, o que ela gostaria mesmo de experimentar é o ensino médio, por mais que todas as suas referências sobre o assunto ― tiradas d seus amados e fiéis companheiros livros ― retratem a escola com as pinceladas de um inferno hormonal.
No entanto, Sky é forte e, principalmente, está preparada, apesar dos estranhos pesadelos que a perseguem, que lhe mostram uma garotinha sempre às lágrimas. Então, quando a mãe adotiva a libera para frequentar o último ano na escola local, ela pensa em tirar o máximo da experiência. Mesmo que sua melhor amiga, e única pessoa que conhece na instituição, tenha resolvido fazer intercâmbio na Itália.
Sky se vê sozinha na selva de nerds, atletas, populares... e com uma reputação nebulosa. Mas quando ela conhece Dean Holder, um rapaz cuja fama pode competir com a sua, Sky experimenta sensações de que jamais acreditou ser capaz. Ele a aterroriza e a encanta. Tudo isso com apenas um encontro.
Embora tente manter distância, Holder insiste em saber tudo sobre Sky, e, incapaz de negar a estranha conexão, ela finalmente se rende ― sem saber que o comportamento errático do garoto tem uma explicação, que testará o amor dos dois e a confiança de Sky nesse caso perdido pelo qual se apaixonou.
Agora, a verdade pode libertá-la. Ou simplesmente trucidá-la em Um caso perdido, uma história que retrata dois jovens com um passado devastador e um amor capaz de guiá-los numa jornada de descobertas... sobre vida, amor, confiança e, acima de tudo, o poder da verdade." (sinopse)
Um caso perdido” é um daqueles livros que prende a atenção do começo ao fim, seja por sua simplicidade inicial, ou porque aos poucos vai se desdobrando em algo mais intenso e revelador.
Sky é uma personagem incompreendida, e apesar dos problemas e dramas, a garota não é fraca, sem noção ou mimada. Ela precisou se adaptar em sua própria realidade, mesmo porque não é fácil ser um adolescente e não ter acesso a internet, celular e principalmente a escola nos dias atuais. É um fato considerado estranho, visto as preocupações de sua mãe Karen.
Karen não é sua verdadeira mãe e tudo que a garota consegue lembrar foi o que lhe disseram: que aos cinco anos de idade fora adotada porque o pai não pode mais cuidar dela. Sua historia tinha muitas lacunas, mas ela não era esse tipo de garota que se incomodava com seu passado ou tentava ir atrás de respostas.
O que é mais confuso é o fato de ela não conseguir sentir nenhuma emoção, ela não chora – mesmo nos momentos mais tristes ou emocionantes – e nem se vê abalada, apaixonada ou tem qualquer tipo de sensação com garotos. Passa seu tempo livre assando doces, lendo livros e correndo bastante. Ela sempre me pareceu uma incógnita em busca de suas respostas, mesmo que não estivesse disposta a concordar com isso.
Até que aparece Dean Holder, um rapaz temperamental e com um histórico bastante explosivo. Ele surge de uma maneira bem estranha, parecendo estar conturbado ou num estado meio sem noção. Mas a atração dos dois foi imediata e de maneiras aleatórias ou por meio do destino acabam se encontrando mais de uma vez.
Holder entra em cena para simbolizar algum mistério e a partir do momento em que os fatos se encaixam tudo muda completamente e começamos a avaliar o enredo e principalmente o personagem por outras visões. Ele é muito atencioso, sincero (apesar de tudo) e perceptível. Sendo que Sky é a mais impulsiva.
Só o fato de Holder fazer com que Sky sinta alguma coisa já torna a narrativa mais extasiante. Os momentos juntos são comoventes, pois eles acabam se encontrando em suas dores e lamentações, tentando criar novos sentidos de felicidade.
Os significados para todas as descrições se mostram muito relevantes, como por exemplo a definição de “hopeless”. Há muitas surpresas, dramas e alguns fatos cruéis, mas o mais marcante neste enredo é a maneira como tudo foi resolvido e de como o relacionamento de Sky e Holder se tornou invencível. Colleen Hoover surpreende, faz o leitor rir, chorar muito e sonhar – mas claro que essas coisas já devem estar previstas.
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