Resenha: Simone de Beauvoir: A mulher de Montparnasse - Caroline Bernard, Editora Tordesilhas

  Sobre o livro:




Sinopse: Uma história da busca por amor e liberdade. Paris, 1929. A jovem Simone, muito ambiciosa desde pequena, quer ser mais do que apenas a filha de uma boa família; ela quer estudar e escrever. Então, ela conhece Jean-Paul Sartre, enfant terrible, gênio… e logo seu amante. Os dois fazem um pacto que deve garantir o amor e a liberdade sexual de ambos e, juntos, formulam a filosofia do existencialismo. Entretanto, por muito tempo Simone não consegue realizar seu sonho de escrever – os editores rejeitam seus textos alegando serem inadequados. Além disso, ela também tem que lutar constantemente por seu relacionamento com Sartre. Como um grande amor pode se conciliar com a busca pela liberdade? Em Simone de Beauvoir: a mulher de Montparnasse, Caroline Bernard ficcionaliza a vida da escritora, filósofa e intelectual Simone de Beauvoir, personagem histórica corajosa, apaixonada e apaixonante, que foi modelo para gerações inteiras de mulheres. O livro retrata a vida de Simone de 1924 a 1946, período anterior ao desenvolvimento da teoria feminista pela qual ficou amplamente conhecida, especialmente após a publicação da obra O segundo sexo, em 1949.

Resenha: "Simone de Beauvoir: A mulher de Montparnasse: Uma história da busca por amor e liberdade", de Caroline Bernard (Editora Tordesilhas) explora um enredo instigante e envolto por uma atmosfera marcada por fortes emoções. 

Esse título faz parte da coleção "Grandes mulheres da história", junto a Mademoiselle Chanel e o cheiro do amor (já tem resenha dele por aqui) e Frida Kahlo e as cores da vida.

Simone de Beauvoir é um nome visto como referência para o movimento feminista. E é incrível como esse romance biográfico consegue explorar uma pesquisa histórica tão bem fundamentada, ainda mais em sincronia com a ficção ao qual a autora desenvolve.

"Era seria a obediente Simone, a filha de boa família, que satisfazia a expectativa dos pais. A outra Simone, que prezava a divergência e que não podia aceitar nada como simplesmente dado, sem questionamentos, apresentaria o contraponto. Qual das duas levaria a melhor? Em todo caso, ela tinha certeza de que escrever lhe faria bem; seria uma espécie de exílio autoimposto, no qual estaria possivelmente sozinha, mas não solitária."

Nesse enredo tão expressivo, o leitor tem a oportunidade de conferir todos os ideias e convicções ambiciosas em que Simone acreditava fielmente. Uma personalidade única perante tudo que vivenciou. Mais empolgante ainda é perceber a influência que essa mulher compartilha por meio de várias gerações.

A obra compreende o final da adolescência de Simone, até a vida adulta. Além disso, a há exploração de seu romance com o filósofo e escritor Jean Paul Sartre. 

Acima de tudo, essas páginas conseguem compreender bem toda a coragem de uma mulher, ainda mais em um período onde não existia esse tipo de atitude que poderia ser tão determinante. Ela realmente se tornou seu próprio exemplo e fez um diferencial e tanto em seu tempo.

Seus sonhos são a prova de que, não importa a época, o importante é acreditar que é possível. Claro que os desafios surgiram em seu caminho, mas eles, juntos a outros contratempos, foram importantes para todo seu crescimento, seja pessoal quanto profissional.

Classificação: 4/5

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