Resenha: O priorado da laranjeira: A maga - Samantha Shannon, Plataforma 21

 Sobre o livro:




Sinopse: Nas terras de Seiiki, a Leste, a jovem Tané passou a vida treinando para ser capaz de montar em dragões. Para os povos do Leste, dragões são adorados como seres divinos. Então, ao conquistar seu sonho, todas as portas estariam abertas para Tané. Certo dia, surge em seu caminho um náufrago vindo do Oeste. Ela não o entrega às autoridades, como exigido pela lei, o que pode trazer duras consequências. A Oeste, Sabran Berethnet é a soberana no Rainhado de Inys. Lá, existe a crença de que dragões são feras ruins e terrivelmente perigosas. A linhagem de Berethnet governa há mil anos, e acredita-se que os dragões ressurgirão se ela for dizimada. A rainha Sabran, a última de sua linhagem, vive então sob a ameaça de uma conspiração para cumprir este intento e assassiná-la. Mas ao seu lado está Ead, maga de uma poderosa ordem secreta que deve protegê-la. Em meio a tudo isso, os povos do Leste e do Oeste — que têm visões de mundo tão opostas — serão obrigados a se unir quando um dragão ancestral gigante desperta. Mulheres conduzem e influenciam o destino de seu mundo, sejam elas rainhas, magas ou aquelas que cavalgam dragões. Sistemas sociais colidem e um universo ricamente detalhado emerge neste primeiro volume de O Priorado da Laranjeira, criação impecável de Samantha Shannon.


Resenha: Em O priorado da laranjeira - A maga, de Samantha Shannon, publicado pela Plataforma 21, o leitor pode conferir uma alta fantasia repleta de referências e muito bem desenvolvida. 

A trama é dividida em dois livros, e esse primeiro título garante momentos cruciais para a compreensão dos fatos. Uma divisão que, ao meu ver, foi mesmo necessária, justamente pela carga de informações situadas. O leitor precisa se habituar num mundo tão diferente e ousado como esse.

Pelo desenrolar das cenas, ainda promete muitos momentos instigantes no percurso. De qualquer modo, esse livro é introdutório, como já é mesmo de se esperar. Porém, não perde seu brilho diante tantas oportunidades distintas num universo fantástico, mitológico, amplo e construído de forma surreal... épica.

Os dragões são seres que carregam muitas expectativas sobre suas ações. E é diante disso que as opiniões diferentes se formam também. Nesse caso, Leste e Oeste possuem interpretações que se baseiam por meio de algumas experiências vivenciadas. De um lado são temidos e de outros são considerados seres supremos.

Um dos destaques segue por conta das perspectivas exploradas nas figuras, fazendo com que tais interações se tornem ainda mais especiais. Crenças são situadas sob pontos de vistas tão diferentes, e esse é apenas o pontapé inicial de tantas situações intrincadas.

Magia, mistérios, o retorno de um inimigo, emoções que se desenvolvem aos poucos e mais elementos inspiradores nesse gênero trabalhado de modo tão habilidoso. Não há como negar que esse enredo é complexo diante de tantos detalhes relevantes e mais personagens em suas características e conexões tão peculiares. 

Classificação: 5/5

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