Resenha: Catorze domingos - Adriano Lopes Rossi, Lura Editorial

 Sobre o livro:




Sinopse: O romance Catorze domingos é uma autoficcção psicodélica, que mistura a realidade vivida durante os seis anos de faculdade com as experiências oníricas induzidas pelo álcool e pela literatura. Em uma narrativa coming of age, descobrimos que não só os eventos acontecidos mas também os imaginados moldam quem somos e, principalmente, nossa percepção de nós mesmos. Em uma narrativa repleta de referências literárias e cinematográficas, acompanhamos o protagonista durante sua jornada de aprendizado na universidade, um aprendizado feito em salas de aula, livros, e, principalmente, nas bordas dos sonhos. Passeando por uma Curitiba feérica, encontramos alter-egos de Herman Hesse, Henry Miller e Albert Camus, que guiam o autor rumo ao autoconhecimento.


Resenha: "Catorze domingos" do autor goiano, Adriano Lopes Rossi (publicado pela Lura Editorial) é uma autoficção que compreende elementos instigantes como psicodelia e experiências oníricas, dentre outros atos envolvendo a faculdade. 

Um dos destaques essencias compreendidos ao longo dessas páginas, segue por conta das "reflexões existências" e demais refererencias repassadas nas experiências de vida do próprio autor. É um diferencial que chama a atenção por conta da forma como os temas são abordados.

O texto é expressivo e consegue ser, ao mesmo tempo, sutil e intenso. Isso porque explora o que Adriano vivencia no seu tempo na faculdade de medicina em Curitiba. Um cenário realmente instigante pelas apresentações situadas em todos os tipos de relações.

São fases que envolvem muitos planejamentos, sentimentos, receios, memórias e amadurecimentos mais do que almejados em suas transições. 

Na verdade, o mais interessante é acompanhar as percepções que se interligam entre a realidade e a ficção. E como o mesmo autor fala já na introdução, o leitor não deve esperar precisão dos fatos nessa obra. "(...) algo no intervalo entre o que aconteceu e o que eu gostaria que tivesse acontecido. Apesar de ser tudo mentira, é tudo verdadeiro".

A narrativa em primeira pessoa carrega todo um ar sensível, objetivo e totalmente puxado ao lado mais pessoal, deixando a leitura ainda mais envolvente. Ainda mais porque, diante disso, é possível ter muitos ensinamentos sobre nós mesmos e nossas trajetórias.

Classificação: 4/5

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