Resenha: A menina com estrela - Luize Valente, Editora Leya

 Sobre o livro:




Sinopse: Essa é a história de uma grande amizade, vivida num mundo dividido, onde todos perdem. Essa é a história de uma grande amizade que vai enfrentar muitos desafios. Alma e Eva são melhores amigas para sempre. Na verdade, elas são mais do que amigas, são “amigas gêmeas”. Nasceram no mesmo ano, no mesmo mês, no mesmo dia, na mesma cidade, na mesma rua, com apenas algumas horas de diferença. Desde pequenas, gostam de ficar perto uma da outra, de brincar juntas e de se ajudar quando é preciso. Mesmo sendo amigas gêmeas e tendo, como todo mundo, dois olhos, um nariz e uma boca, muita gente diz que elas são completamente diferentes uma da outra, a tal ponto que não poderiam nem conviver na mesma rua, na mesma cidade e no mesmo país. Alma e Eva estão crescendo em meio à Segunda Guerra Mundial e, durante esse período, as pessoas enfrentavam imensas dificuldades. Uma delas era a proibição de se estar perto de quem se gosta. Naquela época, o mundo estava completamente dividido: dois lados opostos brigavam para saber quem iria vencer, e ninguém vivia tranquilo e feliz, mesmo que, num determinado momento, estivesse do lado que estava ganhando. Mas a amizade de Alma e Eva resiste a tudo isso, graças à coragem que elas têm de permanecerem juntas e graças àquela estrela muito antiga. A estrela pertence a Eva, mas ela não hesita em dá-la a Alma quando sua amiga gêmea mais precisa. Com uma delicadeza e intensidade narrativa que vai prender os jovens leitores até o fim e a precisão histórica que caracteriza sua obra, Luize Valente, autora do best-seller Sonata em Auschwitz, faz sua estreia na literatura para crianças e adolescentes, voltando a um tema que não pode nunca ser esquecido.

Resenha: A menina com estrela, é um infantojuvenil escrito por Luize Valente, ilustrado por Gisele Daminelli e publicado por Pingo de Ouro (Editora Leya). Em pouco mais de cento e vinte e cinco páginas, esse título se torna extremamente envolvente diante tudo que é retratado.

Essa é a história de Eva, uma menina que nasceu com uma estrela. A menina não entendia muitas coisas, pelo menos não no começo por conta das decisões de seus pais. Seu pai, professor, se encarregaria de ensinar ela e outras crianças em casa. 

O único requisito é ter a estrela. Sendo assim, a garota iria sair da escola, algo muito bem recebido diante algumas situações que ocorreram com Eva. Esse fora apenas o começo, iriam acontecer muitas mudanças inesperadas...

A melhor amiga de Eva se chama Alma. E elas são inseparáveis, praticamente gêmeas, já que nasceram no mesmo dia, mês, ano, cidade e na mesma rua, com poucas horas de diferença. Incrível, não é mesmo?!

Eva perguntou ao seu pai se ele também poderia ensinar Alma. Recebeu um não em silêncio e já soube de sua resposta. Eva ainda não compreendia a situação, mas sabia que deveria ajudar sua amiga de alguma maneira. Mal sabia ela que iria passar por tantas dificuldades daqui para frente.

"Alma saía para a escola logo depois de ver Eva passar, de cabeça baixa, na calçada oposta. Aí seguiam, cada uma de um lado da rua, trocando sorrisos e olhares cúmplices. Conversavam por sinais que elas mesmo inventaram. O fato é que seguiam juntas, mesmo que separadas."

Na verdade, as coisas estavam bem complicadas, por mais que as crianças não tivessem as mesmas percepções. E a tendência era piorar cada vez mais. 
Um enredo ambientado na Segunda Guerra Mundial. Uma amizade forte demais, apesar de todas as diferenças que a separam. 

Dentre tantas injustiças, temores e dificuldades, a narrativa se mostra muito especial e repleta de delicadeza. Junto a isso, as ilustrações dão o complemento esperado para que tudo se torne ainda mais comovente.

O tema, cercado por tamanha intensidade, consegue ser explorado de um modo único para o público jovem. Essa história é cercada por muitas emoções, seja nas entrelinhas ou em cada ação que carrega consequências sérias para a época retratada. Faz com que o leitor tenha uma mínima noção do que pode ter acontecido com inúmeras crianças por conta de uma guerra.

Classificação: 4/5

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