Resenha: Quando o estômago grita - Eliete de Fátima Guarnieri, Editora Patuá

 Sobre o livro:


 

Sinopse: Quando nasce uma obra? Quando é pensada? Quando é escrita? Quando é publicada? Para a autora, quando histórias e personagens penetram seu mundo simbólico. Um morador de rua. Uma mulher com hiperêmese gravídica. Uma família em viagem ao Chile. Uma idosa quase centenária. Um casal na pandemia. Uma mulher que se isola. Um pai. Uma menina com sua avó. Duas pessoas que se encontram por acaso. Um caçador noturno e sua presa. Uma senhora religiosa. Um casal separado pela morte. Um amor platônico. O leitor se surpreenderá com a forma como personagens, sentimentos e experiências emergem a cada conto, tocando, inesperadamente, a profundeza da alma humana.


Resenha: "Quando o estômago grita", obra escrita pela autora nacional Eliete de Fátima Guarnieri, e publicada pela Editora Patuá, apresenta treze contos explorando diversos temas em seus respectivos contextos e sensações.

"Porque quando o estômago grita, a alma se cala."

O estômago é o foco em todas as histórias compreendidas aqui, o verdadeiro protagoniosta. E como já é esperado, surgem muitos sentimentos contraditórios no decorrer dessas páginas. É para ser desconfortante mesmo, fazer sentir algo é a ideia, mexer com o psicológico, o que dá muito certo nos sentidos diversos pelas situações.

Inclusive, vale destacar que há muito realismo em todos os cenários descritos, o que deixa tudo ainda mais impactante, delicado e repleto de uma angústia inexplicável em diversos aspectos.

Todos os textos, sem excessão, garantem momentos fortes e marcantes, a sua maneira. Porém, há alguns que se evidenciam - e claro que isso vai variar de leitor para leitor por conta das interpretações ou até por identificações distintas. Por isso, de forma bem pessoal, digo que os que mais fizeram o meu estômago gritar e se revirar, foram "Sapatinhos verdes", "Na pandemia", "Quando o estômago grita", "Amor Paterno" e "Desacordos".

Em meio as reflexões: necessidades humanas, dores, inseguranças, medo, inquietações, questionamentos, depressão, tristeza, lembranças, saudade, preocupações, inveja, prazer, desespero: essas são algumas das tantas palavras chaves que podem definir bem os textos. 

A escrita da autora é incrível demais em suas construções de ideias, conceitos e relacionados. Ainda mais por ser tão expressiva por meio de palavras e todas as emoções situadas. Não há como negar que a leitura se torna bem intensa e ainda mais surpreendente por conta disso.

Classificação: 5/5

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