Resenha: O Juízo Inicial e outros poemas humanos - Rodrigo Bandeira

  Sobre o livro:





Sinopse: As múltiplas faces que compõem a vida do homem. A angústia, a crueldade e a perda. As imagens da destruição do mundo e o flerte com o fatalismo. A distância do que se deseja, a possibilidade do embrutecimento, a realidade da opressão. Mas também (e talvez principalmente) o amor, a arte e a potência. A intensidade com que pode ser vivida a vida e a serenidade das coisas tolas. O sentido, as relações, o sujeito criador de seu próprio universo. Mesclando as influências de Murilo Mendes e da poesia contemporânea, em poemas que carregam a experiência direta da vida, o surrealismo e a filosofia existencialista, O Juízo Inicial é, em última análise, um livro sobre as coisas humanas.

Resenha

O que significa ser humano em um mundo que flerta com o colapso? 

"O Juízo Final e Outros Poemas Humanos", de Rodrigo Bandeira, é um mergulho visceral na condição humana, um convite ao caos e à contemplação. 

Através de versos que oscilam entre a angústia e a esperança, o autor constrói um mosaico de experiências intensas, onde cada poema é um espelho que reflete as contradições da existência.

As palavras carregam um peso que transcende o papel. A destruição do mundo surge não apenas como um cenário apocalíptico, mas como uma metáfora da degradação interior, do esfacelamento das certezas, do medo do esquecimento. 

E, em meio a essa ruína, há a busca incansável pelo sentido – no amor, na arte, na criação. Há dor, mas há também potência.

Rodrigo Bandeira bebe de fontes como Murilo Mendes e do existencialismo, imprimindo em sua escrita um surrealismo que dialoga com a brutalidade do real. 

Seus poemas são gritos silenciosos, são socos e carícias ao mesmo tempo. São o desconforto de encarar o que evitamos e a redenção de encontrar beleza no absurdo.

Com apenas 76 páginas, este livro não precisa de mais para ser avassalador. Ele nos arrasta por um labirinto de emoções cruas, expõe nossas fragilidades e nos força a reconhecer a estranheza e a força de sermos humanos. 

"O Juízo Final e Outros Poemas Humanos" não é uma leitura fácil – e nem deveria ser. É um convite para sentir, questionar e, quem sabe, ressignificar.

Se você pudesse traduzir a sua vida em um poema, ele seria marcado pela intensidade ou pela serenidade? Como você lidaria com o caos e a beleza de existir?

Classificação: 5/5

Comentários