Resenha: Registros de histórias antigas KOJIKI, Ô no Yasumaro

 Sobre o livro:





Sinopse: O compilado foi apresentado por Ô no Yasumaro à Imperatriz Gemmei em 712 (Período Nara). O livro foi baseado em eventos que tinham sido memorizados de um livro anterior, o Kujiki, e também baseados nas histórias que passaram de geração em geração, assim como histórias memorizadas por Hieda no Are. Este texto sagrado mescla mitologia, lendas e história para narrar a criação do Japão e a genealogia dos deuses xintoístas e dos primeiros imperadores japoneses. Repleto de contos fascinantes sobre divindades como Izanagi e Izanami, que moldaram o arquipélago japonês, e de heróis como Yamato Takeru, o Kojiki é uma obra fundamental para compreender dea cultura, a religião e a identidade nacional do Japão.

 "Registros de Histórias Antigas: Kojiki"

Há livros que carregam o peso da história em suas páginas, mas poucos têm a grandiosidade de Kojiki, a mais antiga crônica japonesa. 

Compilado por Ô no Yasumaro e apresentado à Imperatriz Gemmei em 712, esse registro sagrado vai além de uma mera coletânea de eventos. 

Ele é um portal para os primórdios da cultura japonesa, entrelaçando mitologia, lendas e a linhagem divina dos primeiros imperadores.

No coração desta obra, encontramos a história de Izanagi e Izanami, os criadores do arquipélago japonês. Suas trajetórias divinas, marcadas por amor, perda e ressurreição, moldam o tecido espiritual do Japão. 

A passagem de Izanagi pelo mundo dos mortos e seu purificamento, que dá origem às divindades do Sol, da Lua e da Tempestade, ressoa como um eco de dualidades: vida e morte, criação e destruição, luz e sombra.

Ao avançarmos pelas páginas, encontramos figuras heroicas como Yamato Takeru, o guerreiro cujo destino trágico reforça a efemeridade da glória e a inevitabilidade do sacrifício. 

Seu nome ecoa na cultura japonesa como um símbolo de bravura e perda, lembrando que até os mais grandiosos heróis estão sujeitos ao destino implacável.

Mas Kojiki não é apenas um relicário do passado; ele é a essência da identidade japonesa. Suas histórias influenciaram a arte, o teatro, o cinema e até mesmo a espiritualidade do país. 

Ainda hoje, seus ecos reverberam nos festivais e rituais xintoístas, preservando uma conexão viva entre a antiga Yamato e o Japão moderno.

Ler Kojiki é mergulhar em um oceano de narrativas que moldaram uma nação. É entender como mitos e história se entrelaçam para criar não apenas um passado, mas um presente fundamentado na tradição. 

E, ao fim dessa jornada, fica a pergunta: se os deuses e heróis de Kojiki ainda sussurram sua história através do tempo, você está pronto para ouvi-los?

Classificação: 5/5

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